Terminei hoje pela manhã minha leitura do livro “O Caçador de Pipas”.
Um livro que tinha em casa e não havia tido vontade de abri-lo.
Confesso que ao iniciar a leitura, imaginei que seria somente “mais um” de tantos outros títulos que já tive a oportunidade de ler. No primeiro dia li somente 13 páginas, achei interessante a história mas não me envolvi muito, me detive aos exercícios da escola...
No segundo dia, mesmo com os tantos exercícios de geometria, matemática, química e física da faculdade, criei um tempo na madrugada e li mais de 80 páginas.
E no que se seguiu nos próximos três dias foi simplesmente surpreendente. Creio que poucas vezes em minha vida senti um nó no peito. Realmente foram poucas. E após cinco dias, ao fechar este livro, foi uma delas.
Eu me acho um homem, um ser humano desenhado, pintado, mas sem muitos tons emotivos. É difícil algo me emocionar, pois para mim a humildade e a máxima simplicidade são as chaves de onde guardo meus sentimentos, e não vejo muito isso - com sinceridade - no meu dia-a-dia, assim acho que estes sentimentos verdadeiros estão cada vez mais escassos. Creio que cada pessoa guarda uma forma diferente de se emocionar, de se deixar cativar. A história de Amir e Hassan me tocou. Personagens que fazem nos colocar em seus lugares em muitos momentos. Uma história simples mas de grandes e longas conseqüências.
De repente, já estou de volta à minha realidade. Deixei para trás Cabul, o velho pé de romã, e não vejo mais pipas por sobre as casas oscilando nos céus. Volto ao meu mundo, e esse sentimento se converte à minha vida, minhas virtudes, minhas falhas, todos os meus defeitos e meus atos... e há um grande momento de reflexão. Pesos e medidas, prós e contras.
Tudo vem à tona... e vem o silêncio.
Acredito que uma verdadeira história, conto ou filme deve ser assim, tem que haver isso.
Sou muito simples, e para mim todos os bons e verdadeiros sentimentos são simples, nascem na simplicidade e humildade, onde não há força, imposição e ordem... são o que são.
Hoje estou muito feliz por ter tido a oportunidade de ler um grande livro (não somente em número de páginas), que me fez sentir vontade de ser melhor do que sou, em todos os aspectos. Senti felicidade, tranqüilidade e paz.
Espero que todos tenham a oportunidade de sentir isso, seja de qualquer forma, um livro, um filme, um momento, uma música...
E se tiverem oportunidade leiam este título, não será um tempo perdido.
A todos, desejo tudo de bom e de melhor que DEUS, o mundo e sua força de vontade puderem lhes proporcionar.
Abraço,
Alex Raoni Fonseca Damasceno.